Iniciativa da prefeitura de Chapecó de proibir professores de se alimentarem junto com alunos inspirou projeto, que pretende evitar mesma postura na rede estadual.
Começou a tramitar na Assembleia Legislativa de Santa Catarina o PL 61.3/2018, de autoria do deputado Cesar Valduga (PCdoB), que assegura a professores e servidores das escolas públicas estaduais o direito à alimentação pelo programa de merenda escolar.
O autor relatou denúncias de que, em Chapecó, professores e professoras da rede municipal estariam sendo proibidos de comerem da mesma comida que os alunos.
A produção da merenda é terceirizada, e em diversas escolas, as estruturas de produção das refeições teriam sido desativadas. “Uma denúncia que temos recebido é que nem as sobras das refeições, após os alunos se alimentarem, são disponibilizados para os professores. O excedente das refeições são descartados, e os professores e professoras precisam pedir marmita, ou trazer comida de casa”, explica Valduga.
“Tendo as estruturas de preparo de alimento sido desativadas, os professores comem comida fria, ou seja, numa jornada exaustiva, nossos profissionais da educação chapecoenses passam a uma condição de bóia-frias da educação”, completa o parlamentar.
O texto não cria um programa especial, nem condições específicas para contemplar professores, apenas resguarda a possibilidade de que, tanto professores como servidores, possam se alimentar junto dos alunos, sem prejuízo aos cofres públicos.