O deputado Cesar Valduga (PCdoB) se manifestou em tribuna na quarta-feira (31), apresentando os dados recentes do IBGE sobre desempregados e famílias sem acesso ao mercado formal. Para o parlamentar, a crise econômica só se agrava com a postura liberal do Governo Federal.
Pesquisa do jornal Valor Econômico divulgada na terça-feira (29), mostrou que no segundo trimestre deste ano, em 15,2 milhões de lares do País, não havia ninguém gerando renda a partir do próprio trabalho. Um aumento de 22% comparado a 2014. “Já há muito tempo que nosso partido tem alertado para o aumento do desemprego, com o agravante dos equívocos na política econômica, que opta pela austeridade e cortes nos gastos governamentais, ao invés de compreender o Estado como principal agente de retomada do desenvolvimento e fomento da economia”, explicou Valduga.
No dia 17 de agosto, uma pesquisa do IBGE informou que o segundo trimestre deste ano encerrou com 26,3 milhões de desempregados. O número considerou desempregados, os subocupados e os que não estão procurando emprego. Não ter renda do trabalho, significa que o indivíduo não está exercendo nenhuma atividade laboral como autônomo, assalariado ou servidor público, que dê origem a uma renda familiar. Estão desempregadas e contando apenas com as políticas públicas de transferência de renda, que também são alvo de cortes do governo do presidente Michel Temer.
As políticas sociais, que normalmente são uma retaguarda, e reduzem o impacto de uma crise econômica forte, estão sendo esvaziadas com congelamento de recursos para saúde e educação por 20 anos. A área de assistência social perdeu mais de 40% dos recursos, com o corte realizado pelo governo em março deste ano.
“Marquises onde antes víamos uma, duas pessoas em situação de rua, hoje se encontram dezenas. É só andar pelas ruas de Florianópolis e ver como aumentou o número de pessoas em situação de rua. A pobreza e o desemprego voltam a bater à porta do Brasil, e nosso Estado não está vacinado contra isso. Ou nos unimos para cobrar que o Governo sirva aos interesses nacionais, de um amplo plano nacional de desenvolvimento e geração de renda, deixando de lado sua paixão pelos agentes do rentismo e da especulação, ou voltaremos a ter notícias de brasileiros e brasileiras morrendo de fome ou se alimentando dos restos dos lixões”, concluiu o parlamentar.