A cerimônia de posse da nova diretoria da União Catarinense dos e das Estudantes (UCE) aconteceu na terça-feira (24), no plenarinho deputado Paulo Stuart Wright, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O evento contou com a participação dos deputados Cesar Valduga (PCdoB), Ana Paula Lima e Dirceu Dresch (PT), e Antônio Aguiar (PMDB), além de representantes do Governo do Estado, lideranças de movimentos sociais e comunitários, além de representantes de centros acadêmicos de universidades de todo o Estado.
A UCE está às vésperas de completar 68 anos, no dia 7 de novembro de 1949, e teve grande destaque no período de resistência ao golpe militar, desde 1964, tendo sido perseguida, e seu presidente, Rogério Queiróz, preso. Também em 1979, quando o presidente do Brasil, general Figueiredo, esteve em Florianópolis, a entidade esteve no centro do movimento, que passou a ser chamado de Novembrada, em defesa da educação, contra o aumento de combustíveis, a carestia, pela liberdade de expressão e contra a ditadura. Na ocasião, o presidente da UCE, Adolfo Luiz Dias, e mais três companheiros foram presos.
“Entidade que nunca se furtou a lutar por uma educação de qualidade para toda a população, que nunca se omitiu da pauta dos trabalhadores e trabalhadoras, além da defesa da soberania nacional, a gestão da UCE que hoje se encerra, teve a tarefa histórica de enfrentar bravamente o recente processo que culminou no assalto da cadeira da Presidência da República por um golpe”, afirmou o deputado Valduga.
Dirigindo-se a Yuri Becker, presidente da gestão cessante, Valduga se referiu ao enfrentamento que a UCE fez ao desmonte na educação e diversas áreas. “A UCE também cumpriu a tarefa, querido Yuri, de iniciar o enfrentamento ao desmonte das políticas de acesso e permanência na educação, aos cortes de investimentos nas universidades e nos ataques aos direitos garantidos. Neste sentido, só temos a agradecer a você e toda a gestão da UCE que, ao nosso lado, ao lado de todas as forças progressistas de santa catarina, combateu o bom combate”, completou.
“Hoje, assume a presidência da UCE o jovem acadêmico de história Lucene Magnus, que tem a responsabilidade de intensificar a resistência aos carrascos da educação, da saúde, dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras. Lucene tem uma outra grande tarefa a cumprir, uma importante tarefa que se coloca nessa nova quadra política, que é impedir o avanço do fascismo em nosso país”, alertou Valduga, que relembrou a iniciativa apresentada, por solicitação da UCE, que resultou no PL 406.8/2017, de sua autoria, que cria o Programa escola Sem Mordaça.
“Para conseguirmos vencer a serpente do fascismo que avança sobre as artes, a educação e os parlamentos, recordo a frase que foi tema do congresso que te elegeu, Lucene, para a presidência da UCE: da unidade nascerá a esperança”. E só com amplitude, diálogo e esperança que podemos mudar as coisas. É assim que deve ser, e tenho certeza que assim será”, completou Valduga.