O deputado Cesar Valduga (PCdoB) se manifestou, na sessão de quarta-feira (18), alertando sobre o avanço do fascismo na sociedade brasileira.
Para o parlamentar, desde que Temer sentou na cadeira da Presidência da República, “uma caixa de pandora se abriu e libertou os monstros do desprezo pelo desenvolvimento nacional, do ódio ao povo, do privilégio de castas e do fascismo”.
O parlamentar citou as características do fascismo, segundo o escritor e semiólogo italiano Umberto Eco:
-o culto ao velho, dos saberes arcaicos,
-o rechaço do modernismo, vistos como o princípio da depravação,
-o culto da ação pela ação, como se pensar fosse uma forma de castração.
-o rechaço do pensamento crítico,
-o medo do diferente, um apelo às classes médias frustradas.
– nacionalismo exacerbado e xenofobia.
-inveja e medo do “inimigo”. O princípio de uma disputa permanente, sem abertura ao diálogo,
– o elitismo, machismo e misoginia,
-e o populismo qualitativo, que lança dúvidas sobre a legitimidade dos parlamentos.
“O ovo da serpente do fascismo foi chocado no seio das manifestações que colocaram Temer na cadeira da Presidência da República, e seus efeitos são identificados na onda de cerceamento de direitos, de censura e rupturas com o bom debate, com o respeito ao contraditório”, explica Valduga.
O parlamentar citou o projeto de lei 406.8/2017, de sua autoria, que dispõe sobre a criação do Programa Escola Sem Mordaça, iniciativa construída em diálogo com a União Catarinense dos e das Estudantes, num apelo de todas as forças estudantis das mais diversas universidades de todas as regiões de nosso estado, reunidas no congresso da entidade, em Joinville.
O projeto Escola Sem Mordaça pretende assegurar a livre manifestação do pensamento, o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, a livre expressão da atividade intelectual, respeito à liberdade e apreço à tolerância, a valorização do profissional da educação e a consideração da diversidade étnico-racial. “Precisamos preservar o ambiente escolar de todo o tipo de cerceamento do pensamento. A escola é o lugar do diálogo, do bom debate, do aprendizado da convivência pacífica com as diferentes opiniões”, concluiu Valduga.