Representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Santa Catarina ocuparam a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira (18), para pedir o apoio dos deputados estaduais contra a aprovação da reforma previdenciária em tramitação no Congresso Nacional e contra a retirada de direitos dos trabalhadores. A manifestação foi acompanhada por integrantes das duas entidades.
Adriana Maria Antunes de Souza, da Fetraf, afirmou que a entidade realiza atos em cinco cidades catarinenses (São Miguel do Oeste, Maravilha, Chapecó, Xanxerê e Rio do Sul) contra a reforma da Previdência Social e o corte de investimentos em áreas sociais.
“Queremos saber dos deputados estaduais qual a posição de vocês sobre essa reforma, cujo objetivo está claro: a extinção da aposentadoria para a população”, disse Adriana. “Vocês não podem votar contra essa reforma, mas podem apoiar e influenciar os deputados federais a votarem contra.”
A representante da Fetraf também criticou os cortes no orçamento da União para as políticas sociais, educação, saúde, segurança pública e agricultura familiar. Ela citou como exemple as dificuldades que os agricultores enfrentam com a crise do leite, cujo preço está abaixo do custo de produção. “Eles precisam da atenção especial dos nossos políticos”, apelou.
Já o representante do MST, Vilsom Santim, criticou as mudanças nas regras para a aposentadoria das agricultoras rurais. Ele também pediu a ajuda dos deputados estaduais para pressionar os congressistas a votarem contra a reforma previdenciária.
“Nossas mães, essas mulheres guerreiras, que lutaram muito para serem reconhecidas como agricultoras, que trabalham todos os dias, estão sofrendo esse ataque. Querem assassinar os direitos delas. Não permitiremos isso. Terão que passar por cima de nós, trabalhadores rurais”, disse.
O deputado Cesar Valduga (PCdoB) manifestou apoio ao movimento. “Desde antes de Temer tomar de assalto a cadeira da Presidência nós identificamos o verdadeiro motivo do golpe, que era acabar com os direitos trabalhistas, a previdência, os direitos sociais e o estado de bem estar. Precisamos resistir, e o MST e a Fetraf estão de parabéns pela luta”, concluiu.
Com informações da Agência Alesc