A presidenta do Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Chapecó, Carol Listone, reivindicou hoje, durante espaço na tribuna, na sessão plenária desta quinta-feira (26), maior participação do Estado no combate à violência contra a mulher. Só em 2015, Chapecó, que é a terceira cidade mais violenta do estado para as mulheres, registrou 11 casos de feminicídio.
De acordo com a dirigente, a sua equipe assumiu a gestão em 25 de julho deste ano com a proposta de reivindicar políticas públicas voltadas para mulheres, principalmente aqueles em situação de vulnerabilidade. “Faço aqui um apelo aos representantes, que se unam em defesa da dignidade das nossas mulheres. Não permitam o ataque aos nossos direitos, conquistados muitas vezes nas ruas”, disse a presidente.
Carol falou ainda sobre a reforma da previdência que, segundo ela, fere os direitos e prejudica a luta da mulher brasileira por equidade. “Nessa retirada de direitos, algumas das ferramentas de primordial emancipação das mulheres foram atacadas, como por exemplo o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), onde mulheres periféricas têm acesso a direitos básicos, além de que a partir desse sistema que acontece a maioria das denúncias de violência. Precisamos defender a permanência do atendimento de forma pública, gratuita, de qualidade.”
O deputado Cesar Valduga (PCdoB), autor do requerimento que concedeu fala à presidenta, destacou a importância da mulher do campo e também falou sobre a reforma da previdência. “Precisamos buscar resolutividades para esses retrocessos. Com essa reforma, a mulher do campo vai morrer com a inchada na mão e não conseguir se aposentar.”
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Com informações da Agência Alesc