As conquistas da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que completa nove anos de fundação, foram destacadas na tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (28), pelo reitor da instituição, Jaime Giolo. Ele pediu apoio dos parlamentares para garantir a continuidade do financiamento da educação pública federal no Brasil.
Criada em 2009, a UFFS iniciou as atividades em 2010. Além do campus sede, em Chapecó, a universidade possui outros cinco, sendo dois no Sudoeste do Paraná (Realeza e Laranjeiras do Sul) e três no Rio Grande do Sul (Cerro Largo, Erechim e Passo Fundo). Giolo mostrou aos parlamentares, no telão, as instalações da universidade em cada campus. “Nesse período produzimos uma universidade sólida, que tem hoje toda a estrutura material para funcionamento.” Conforme o reitor, foram feitos concursos para todas as vagas de professores e técnicos. Só faltam as últimas vagas para os dois cursos de medicina que são posteriores. “E faltam os projetos de expansão”, apontou.
O reitor informou que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes) está promovendo uma mobilização em defesa das universidades públicas e dos institutos federais. E pediu o apoio dos deputados na formação de uma frente, “não apenas para propor emendas, mas principalmente para garantir orçamento no Ministério da Educação”.
O deputado Cesar Valduga (PCdoB), autor do requerimento que possibilitou a participação do reitor, cumprimentou o dirigente pelas conquistas e afirmou que a Assembleia Legislativa tem o dever de estar em sintonia com as demandas das universidades, contribuindo para que não sejam sucateadas.
Mitos
Em nove anos, a UFFS realizou mais de 50 obras para viabilizar os câmpus, a um custo bastante modesto para os padrões da construção brasileira, conforme o reitor, comprovando que obra pública não precisa ser cara nem demorada. Outro mito enfrentado pela UFFS, de acordo com o relato do reitor, foi o de que os alunos da escola pública fazem baixar a qualidade da universidade. A instituição tem a política de cotas mais ampla do Brasil, com um percentual de alunos provenientes de escola pública de 90%. “Nos exames feitos no Brasil, nossos alunos estão entre os melhores.”
Outro ponto destacado foi a atuação em parceria com a comunidade para que a universidade cumpra seu papel no desenvolvimento regional. A comunidade participa até da eleição para reitor e diretor dos câmpus. “Queremos que a UFFS se torne de fato uma instituição que engrandeça o estado de Santa Catarina”, disse Giolo.
O deputado Cesar Valduga (PCdoB), autor do requerimento que possibilitou a participação do reitor, cumprimentou o dirigente pelas conquistas e afirmou que a Assembleia Legislativa tem o dever de estar em sintonia com as demandas das universidades, contribuindo para que não sejam sucateadas.