Em visita à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o representante da Associação de Hospitais e Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde, Atilano Jurk Laffin, manifestou o apoio das entidades ao projeto de lei PL 0435.2/2015, de autoria do deputado Cesar valduga (PCdoB), que disciplina a alimentação de pacientes internados em leitos na rede hospitalar de Santa Catarina.
Para Laffin, a proposição traz uma resposta a um problema com o qual os hospitais, que é a entrada de alimentos não prescritos no tratamento. “A aprovação do projeto pela Alesc resolveria um grande problema para os hospitais, já que a entrada de alimentos não prescritos junto aos acompanhantes compromete a recuperação dos pacientes e a higiene do próprio hospital. Por mais criteriosos que sejam os hospitais, ainda registramos a entrada de salgadinhos, refrigerantes e doces nos horários de visita, um verdadeiro risco para o tratamentos dos internados”, afirmou.
O projeto foi apresentado em outubro de 2015 e já recebeu parecer favorável nas comissões de Constituição e Justiça e de Saúde, recebendo voto vista contrário da deputada Ana Paula Lima (PT), presidente desta última.
Para o deputado Cesar Valduga, o projeto responde a uma preocupação dos médicos, nutricionistas e demais profissionais da área da saúde. “Sabemos que levar comida para doente internado é risco para a saúde do paciente. Além de atrapalhar a dieta, pode levar a outro risco, já que os farelos podem contribuir para infecção hospitalar”, explicou.
Apoio aos hospitais filantrópicos
Na ocasião, o senhor Atilano Junk Laffin entregou uma carta da Associação de Hospitais e Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina, onde manifestam preocupação com os atrasos nos pagamentos por parte da Secretaria de Estado da Saúde, de valores referentes aos serviços prestados para a realização de cirurgias eletivas em 2015 e 2016.
Segundo o documento, os hospitais privados e filantrópicos são responsáveis por 70% dos atendimentos de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), e que um recente levantamento realizado em 47 hospitais catarinenses registrou atrasos de repasses superiores a R$ 49 milhões.
Hospitais socilitam, também, o apoio na aprovação da PEC 0001.0/2016, apensada à PEC 0002.0/2016, que disciplinam os percentuais mínimos de aplicação de recursos financeiros para ações e serviços públicos de saúde.