A Comissão de Saúde da Assembleia realizou audiência pública, na manhã desta quarta-feira (18) para tratar da situação das pessoas ostomizadas em SC. Usuários de bolsas de colostomia, os pacientes denunciam a falta de fornecimento do material pela Secretaria de Estado da Saúde e reivindicam a realização de cirurgias de reversão da ostomização
Florianópolis – Na manhã desta quarta-feira (18), o deputado Cesar Valduga (PCdoB) participou de uma audiência pública da Comissão de Saúde, da Casa Legislativa do Estado. A audiência foi realizada no plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright e debateu a situação das pessoas ostomizadas – usuários de bolsas de colostomia – em Santa Catarina.
Os pacientes denunciam a falta de fornecimento do material pela Secretaria de Estado de Saúde e reivindicam a realização de cirurgias de reversão da ostomização. Consideradas pessoas com deficiência, os pacientes que passaram por um procedimento de ostomia fazem uso diário de bolsas de colostomia (para coleta de fezes). Em Santa Catarina, mais de 3.5 mil pessoas recebem as bolsas descartáveis pela Secretaria de Saúde. Destes pacientes, 1.588 estão na fila de espera por cirurgias de reversão há mais de seis meses, segundo a resposta da Secretaria de Saúde.
Representando a Secretaria da Saúde na audiência, a superintendente de Serviços Especializados e Regulação, Lúcia Regina Schutz, reconheceu que está ocorrendo falta de material e instabilidade nas entregas. “Graças à movimentação da associação, a secretaria está agora sensibilizada e disponibilizou recursos para fazer o pagamento das empresas fornecedoras, o que deve ser normalizado até o final do mês”, prometeu. Lúcia explicou que os pagamentos da pasta são feitos pelo conselho gestor do Fundo Estadual de Saúde, que é gerido pela Secretaria de Administração. “Em momentos de crise, são encaminhados prioritariamente os pagamentos que o conselho gestor considera mais importantes”, lamentou.
Conforme a superintendente, está sendo montada uma equipe para melhorar a prestação de serviços aos pacientes ostomizados e será necessário fazer um levantamento das pessoas com ostomia temporária, pois a secretaria não dispõe de números atualizados. “Temos 2.970 usuários recebendo material, mas no sistema de regulação do estado não existe uma lista parada de pacientes à espera para fazer cirurgia de reversão. É uma cirurgia possível nos municípios, que não necessita de um mutirão”, disse.
Fonte: Agência AL