Parlamentar participou da mobilização junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para a liberação de R$ 2 milhões para a implantação do projeto na cidade de Campo Erê. Na manhã desta terça-feira (19), o deputado conheceu o projeto do Centro Vocacional Tecnológico das Oliveiras
Campo Erê – Pautado a levantar as bandeiras da inovação tecnológica, o deputado Cesar Valduga (PCdoB) tem dedicado empenho político para fortalecer o investimento da iniciativa empreendedora. Diante de um cenário econômico cada vez mais instável, as apostas tem se voltado à inovação tecnológica e ao incentivo a pesquisa.
Valduga que é presidente do Fórum Parlamentar do Oeste se propôs trabalhar em prol do Oeste na perspectiva de vocacionar o desenvolvimento regional, de acordo com a realidade de cada região. E é nesta ótica que o parlamentar buscou articular, ainda no ano passado, junto ao então ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, o investimento do governo Federal no projeto do Centro Vocacional Tecnológico das Oliveiras, em Campo Erê.
Na manhã desta terça-feira (19), acompanhado do prefeito Rudimar Borcioni, do professor e coordenador do projeto há 10 anos, Cristian Dias, e do coordenador da Defesa Civil, Nelson Tressoldi, o deputado conheceu as instalações do CEDUP/Campo Erê e o campo de oliveiras do projeto.
Atualmente a área de terra instalada no CEDUP ultrapassa os 11 mil metros de hectares e já suporta 36 variedades de oliveiras, em 127 pés. De acordo com o professor Dias, as plantas podem servir para a produção de azeite, azeitonas em conserva e uma empresa de Londrina-PR já demonstrou interesse nas folhas das oliveiras para a produção de chás. Conforme o professor, o projeto inicial conta um convênio de cinco anos que beneficiará 20 municípios, sendo que cada município poderá inscrever um único produtor rural.
O prefeito Borcioni destacou que a intenção é trabalhar inicialmente a parte pedagógica, com a primeira pós-graduação em oliveiras, no CEDUP, e posteriormente colaborar com toda a manutenção nos 20 municípios. Borcioni cita ainda que a ideia é difundir o projeto para além das oliveiras, desde a geração de mudas até a transformação da oliva em azeite. Ele reitera que uma marca já está sendo elaborada também para comercialização dos produtos das oliveiras do CVT.
MAIS RENTABILIDADE
Para o deputado que também é membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Estado, a proposta pode atrair mais agricultores para a atividade, pelas oportunidades de rendimento econômico.
“Se levarmos em conta que hoje o litro de azeite de oliva está sendo comercializado a R$ 170, e que o produtor poderá conciliar a produção de oliveiras com outras culturas, sem dúvida nenhuma é maior valor agregado a produção da nossa agricultura familiar”, pontua.
O parlamentar reforça que a proposta é expandir o projeto vocacionado a outras regiões. “Temos de seguir o exemplo de Campo Erê, incentivar a pesquisa e a inovação tecnológica vocacionada e oportunizar ao nosso homem do campo novas oportunidades de emprego e renda”, pontua.
O PROJETO
O projeto do CVT foi elaborado e vai ser executado numa parceria do município de Campo Erê, com o CEDUP, EPAGRI, EMBRAPA, SEBRAE e Secretário de Estado da Agricultura e vai abranger toda a cadeia produtiva da Oliveira, a partir do experimento de sucesso que foi desenvolvido na Escola Agrícola de Campo Erê (CEDUP). No CVT serão desenvolvidos cursos e treinamentos para os agricultores e para os estudantes e promovida à difusão de tecnologias desta cultura.
O projeto pretende incentivar agricultores para ingressar na atividade, com acompanhamento desde o plantio, manejo, colheita e produção do azeite, inclusive com a aquisição de máquinas e equipamentos para estes trabalhos. Não foi esquecido do processo de comercialização e do marketing para a divulgação do produto em nível regional e nacional. O CVT será implantado no CEDUP de Campo Erê, mas poderá ser estendido aos municípios da região, de acordo com a aptidão agroclimática para o cultivo das oliveiras, garantindo continuidade e fortalecimento do projeto que começou com o empenho e a dedicação da direção, professores e funcionários do Colégio Agrícola de Campo Erê.