Na tarde desta terça-feira (29), o deputado Cesar Valduga (PCdoB) visitou a Paróquia Santa Terezinha, no município de Florianópolis, onde se reuniu com o coordenador da Pastoral do Migrante de Santa Catarina, Padre Joaquim Roque Filippin, da Congregação dos Padres Scalabrinianos, e com o Professor Dr. Rafael de Miranda Santos, que acompanha e da suporte jurídico para a Pastoral.
Valduga conheceu o trabalho que a Pastoral tem desempenhado no acolhimento de imigrantes e refugiados de diversos países que vivem conflitos ou viveram desastres naturais. Todos os dias, mais de 60 imigrantes são atendidos no pequeno escritório instalado nos fundos da paróquia. São haitianos, senegaleses, ganeses, sírios, entre tantos. Entre as demandas, a busca por oportunidade de aprender o português, trabalho, regularização de documentos e a possibilidade de ajudar os familiares que ficaram em seus países de origem.
Centro de Referência
Entre os pontos de pauta, Padre Filippin falou sobre a expectativa da instalação de um Centro de Referência e Acolhimento ao Imigrante. O governo do Estado celebrou convênio com a União em janeiro e recebeu R$ 1,2 milhão para instalar o projeto, que depende da publicação de um edital de concorrência, que deve ser publicado nas próximas semanas.
“O Centro de Referência deverá atender todo o estado, buscando parcerias e dando assistência a nossos irmãos imigrantes” – afirmou Padre Filippin, um dos idealizadores do projeto.
Imigrantes no Oeste
O oeste catarinense tem recebido um grande número de imigrantes devido a concentração de indústrias e seu potencial empregatício, contudo, questões como a dificuldade de aprendizado da língua portuguesa, as altas taxas para a remessa de ajuda para os familiares que ficaram nos países em conflito ou que passaram por desastres naturais, a burocracia para a liberação de vistos permanentes, entre tantas outras, ainda carecem de atenção e apoio. Associações e pastorais tem se mobilizado para melhor acolher e integrar os imigrantes a comunidade local.
“Nosso Brasil foi formado por muitos imigrantes. Eu mesmo sou filho de imigrantes italianos que vieram para cá em uma situação difícil, batalharam e ajudaram nosso País a crescer. Assim devemos compreender este novo fluxo migratório, como a releitura do que aconteceu com nossos avós. Precisamos acolher estes imigrantes assim como gostaríamos que nossos avós tivessem sido acolhidos” – afirmou Valduga.